quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Água diminui e a conta de água aumenta

 


Com os reservatórios nos níveis mais baixos em anos, a Agência Nacional de Energia Elétrica decidiu ativar a tarifa mais alta de todas — que começou a valer nesta semana.


Agora, a alta na conta de luz pode variar de 10% a 13% em setembro. O valor médio de R$ 147 que um brasileiro paga, por exemplo, pode chegar a R$ 163 por mês.


O que está acontecendo? Brasil está passando por uma de suas piores crises hídricas da história, e a previsão é de um volume de chuvas 50% menor do que o normal para o restante do ano.


Isso faz com que as usinas hidrelétricas — de onde vem a maior parte da nossa eletricidade — fiquem com menos água. Para evitar falta de luz, o jeito é acionar as termelétricas.


Acontece que elas funcionam com queima de combustíveis e são bem mais caras para funcionar, fazendo com que o governo repasse esse aumento para a conta de luz da sua casa justo no momento em que o calor vem chegando.


🂋 Efeito dominó: No fim da linha, a alta nas tarifas de energia pode ser responsável por mais da metade da inflação de setembro — respondendo por 0,52% dos 0,72% que os preços gerais devem subir.

O Brasil está no topo do ranking mundial que mede o peso que a conta de luz tem no bolso dos cidadãos. Em média, o brasileiro gasta 4,5% do orçamento anual pagando a tarifa — enquanto a taxa em países desenvolvidos e emergentes fica na casa dos 2%.

Ministra diz que Pantanal pode sumir até o final do século

 A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, participa de uma audiência na Comissão do Meio Ambiente do Senado, para falar dos incêndios que devastam várias regiões do Brasil. Ela destacou que a situação é agravada por uma "estiagem severa" que assola grande parte do país. De acordo com Marina Silva, a combinação entre o uso inadequado do fogo e a destruição da floresta e da biodiversidade tem gerado prejuízos irreparáveis. extremo. "Um aumento de mais de 50% do desmatamento e o município respondendo por cerca de 50% dos incêndios que assolaram o Mato Grosso do Sul", afirmou.

Recursos e Investimentos - A ministra destacou os esforços do governo federal para enfrentar a crise, mencionando o aumento de investimentos em brigadistas do Ibama e do ICMBio. No entanto, ela ressaltou que esses investimentos só foram possíveis graças aos créditos extraordinários abertos pelo governo, em resposta aos cortes orçamentários feitos pelo Congresso Nacional. "Isso significou ter que aprovar um crédito extraordinário de R$ 170 milhões", explicou Marina.

Marina Silva fez um apelo para que os parlamentares contribuam com recursos para a área no próximo ano, enfatizando que o orçamento do governo foi construído com base em dados científicos que indicavam o agravamento da situação. "Para o ano que vem é preciso que haja um esforço, e aí é um pedido, é um apelo, para além dos recursos do governo federal, quem quiser contribuir com isso que virou preocupação de todos os parlamentares", concluiu a ministra.

A situação crítica dos biomas brasileiros e a urgência de medidas mais robustas de proteção são um chamado para a união de esforços entre governo e sociedade, visando preservar o que resta do Pantanal e da Amazônia para as futuras gerações.