sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Meio ambiente pouco debate sobre o tema




Em meio às calorosas acusações entre os candidatos à presidência da  república, um tema passa longe e fica esquecido, o meio ambiente. Nenhum dos candidatos se preocupa em falar profundamente do problema que deveria ser debatido intensamente, ainda mais com o alto índice de destruição da Amazônia. O crescimento do desmatamento é o maior dos últimos anos. O governo fechou os olhos para os crimes ambientais que ocorrem naquela região. A verdade é que até as multa ambientais caíram drasticamente  a "porteira foi aberta" conforme o ex-ministro Ricardo Sales  do governo Bolsonaro pediu, em plena pandemia. Aquela região tornou-se um lugar, onde quem defende a natureza, muitas vezes, paga com a própria vida. As notícias recentes dão conta de assassinatos contra ambientalistas e todos que são contra os que cometem crimes ambientais, como foi o caso de Dom Phillips e Bruno Pereira que amavam a região, Por quase dez anos, o indigenista comandou o posto da Funai em Atalaia do Norte. Ele já havia participado de uma expedição ao lado de Dom Phillips em 2018. O jornalista britânico era apaixonado pelo Brasil. 

Agnaldo Barros de Lima é jornalista/ambientalista

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Qual o futuro da Amazônia?

 


Às vésperas das eleições não vemos por parte dos candidatos à presidência do Brasil, nenhuma proposta palpável  em relação à preservação da Amazônia. Talvez poucos conheçam realmente o que está acontecendo com um dos nossos maiores biomas.  Uma das causas que levam a destruição da  floresta é a ocupação de áreas de reserva florestal  por diversas empresas estrangeiras e nacionais que são atraídas para a região por incentivos do governo, que visa dinamizar a economia da região norte, e que, por falta de fiscalização adequada, acaba por desmatar ilegalmente. O chamado “calendário do desmatamento” da Amazônia fechou com mais um recorde negativo de destruição. Nos últimos 12 meses, de agosto de 2021 a julho de 2022, foram derrubados 10.781 km² de floresta, o que equivale a sete vezes a cidade de São Paulo.o atual governo só  cometeu erros quando o assunto é a Amazônia. Chegando ao ponto de, em plena pandemia, o então ministro da economia Ricardo Salles liberar geral as licenças ambientais, o que ele chamou de "abrir as porteiras", era a licença para o desmatamento ilegal, lamentável. 

Agnaldo Barros de Lima é jornalista e ambientalista.

terça-feira, 6 de setembro de 2022

Descaso com o meio ambiente


 


Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Isso reza o artigo 225 da Constituição Federal. Isso é que deveria acontecer, principalmente,  por parte do poder público, tanto a nível federal, estadual e municipal. Quando os governos não cumprem o seu dever, as coisas se tornam mais difíceis. Um exemplo da ineficiência dos órgãos governamentais em combater o desmatamento está  na crescente destruição da  Mata Atlântica  que atingiu 66% em um ano. O total de desflorestamento observado foi de 21.642 hectares, o correspondente a mais de 20 mil campos de futebol, Isso entre 2020 e 2021. Além deste bioma brasileiro outro que vem sendo devastado é  o cerrado e o pampa. Tudo isso mostra o quanto nossa fauna e flora estão sendo negligenciadas e com o aval de quem deveria defendê-las.

Agnaldo Barros de Lima e jornalista e ambientalista.