segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Noruega anuncia que voltará a investir no combate ao desmatamento da Amazônica

 Noruega anunciou que irá retomar seu investimento em um fundo para a proteção da Amazônia. A informação foi confirmada por autoridades norueguesas após Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sagrar-se vitorioso nas eleições presidenciais. Os subsídios foram suspensos em 2019, durante a gestão de Jair Bolsonaro.

“Tivemos uma boa e muito próxima colaboração com o governo antes de  Bolsonaro e o desmatamento no Brasil diminuiu muito sob a presidência de Lula da Silva”, disse à  agência AFP o ministro do Meio Ambiente da Noruega, Espen Barth Eide. “Aí tivemos uma colisão frontal com Bolsonaro cuja abordagem era diametralmente oposta quando se tratava de desmatamento.” De acordo com o ministro, há cerca de cinco bilhões de coroas  (cerca de 2,5 bilhões de reais) em ajuda não utilizada estavam esperando para serem desembolsados ​​no Fundo da Amazônia para Conservação Florestal e Proteção Climática.


A Noruega foi o maior doador para a proteção da Floresta Amazônica, mas, como a Alemanha, interrompeu sua ajuda ao Brasil em 2019 depois que Bolsonaro assumiu o poder. “Conversaremos com a equipe dele (Lula) para preparar as formalidades e montar uma estrutura de gestão”, disse o ministro norueguês à imprensa do país. “Há quantias significativas congeladas em uma conta no Brasil no Fundo Amazônia, que podem ser desembolsadas rapidamente”.

Brasil e Noruega estabeleceram durante a gestão de Lula um fundo de cooperação internacional de mais de 1 bilhão de dólares, sob administração do BNDES e instituições norueguesas. Mas, em 2019, o governo de Jair Bolsonaro colocou novas exigências que acabaram levando ao encerramento da transferência de recursos. “Houve um aumento maciço do desmatamento sob Bolsonaro, o que tem sido muito preocupante. Todo mundo preocupado com o clima viu dolorosamente como ele desrespeitou completamente os antigos acordos e promessas”, disse Barth Eide.


“Observamos que durante a campanha ele (Lula) enfatizou a conservação da Floresta Amazônica e a proteção dos povos indígenas da Amazônia”, disse Barth Eide. “Por isso estamos ansiosos para entrar em contato com suas equipes, o mais rápido possível, para nos prepararmos para a retomada da historicamente boa colaboração entre Brasil e Noruega.” No discurso da vitória, Lula enfatizou a importância da questão climática e das relações internacionais do Brasil. O presidente eleito  prometeu empenho na política do desmatamento zero e afirmou que o Brasil está “pronto para recuperar seu lugar na luta contra a crise climática, especialmente a Amazônia”.


sábado, 15 de outubro de 2022

Fiscalização contra o desmatamento




A falta de fiscalização é  um dos grandes aliados de quem desmata desenfreadamente  alguns dos biomas brasileiro. O cerrado é um exemplo nítido dessa afirmativa. Este bioma tem uma contribuição bastante importante para a biodiversidade, mas está sendo desmatado a uma velocidade  bastante acelerada. Atualmente o cerrado tem 50% de seus ambientes convertidos para áreas agrícolas o que ameaça espécies raras de plantas e animais. O Brasil atravessa um momento de contramão na defesa ambiental. No ano de 2018 houve um crescimento de 22% nas taxas de desmatamento de florestas publicas. Em 2021, esse número subiu para quase 40%. A intensificação da fiscalização e a definição de critérios socioambientais para a concessão de financiamento ao agronegócio devem ser imprescindíveis  para se combater a destruição da natureza em qualquer lugar. O governo brasileiro tem um papel supra importante nesse contexto. O que não se pode é desmontar toda uma máquina de fiscalização e favorecer criminosos que agem ilegalmente destruindo tudo.

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Setembro: Recorde no desmatamento da Amazônia

 Ambientalistas alertam para crescimento do desmatamento na Amazônia . Eles afirmam que no mês de setembro houve um recorde no percentual da destruição da floresta. Segundo os ambientalistas, os  que destroem o meio ambiente  naquela região têm o aval do governo que desmontou a máquina dos defensores da floresta, muitas vezes demitindo do IBAMA e do ICMbio quem não é conivente com seu modo de pensar. Isso favoreceu grilheiros, latifundiários e garimpeiros que praticam diversos crimes na Amazônia.Dados de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostraram que 1.455 quilômetros quadrados foram desmatados na Amazônia no mês passado, um aumento de 48% em relação ao ano passado e superando o recorde de setembro de 2019 em uma série de dados originada em 2015.

Agnaldo Barros de Lima é jornalista e ambientalista