Reciclando o lixo que produzimos

Reciclando o lixo que produzimos

Apesar da existência da Lei 12305/10 que trata da política nacional dos resíduos sólidos, que regula todo um procedimento que as indústrias, comércio, poder público e sociedade em geral devem dar ao lixo que produz diariamente no país, pouco se tem avançado devido ao não cumprimento, principalmente, por parte dos municípios que não fazem o papel que deveriam fazer, como criar cooperativas e fomentar a reciclagem por parte dos cidadãos.  A reciclagem de resíduos sólidos, não só ajuda a natureza, mas gera empregos e é um meio de subsistência de muitas famílias que diariamente coletam materiais recicláveis e fazem disso uma profissão. A catação de materiais recicláveis foi reconhecida como profissão em 2002 pelo Ministério do Trabalho e, segundo a Classificação Brasileira de Ocupações, catadores são aqueles que “catam, selecionam e vendem materiais recicláveis como papel, papelão e vidro, bem como materiais ferrosos e não ferrosos e outros materiais . De todo lixo produzido no Brasil, 30% tem potencial para ser reciclado, porém apenas 3% deste total é efetivamente reciclado. A reciclagem é uma excelente alternativa para a problemática de resíduos sólidos urbanos, alcançando a esfera ambiental, o âmbito social e o desenvolvimento econômico. Diariamente são descartadas 240 mil toneladas de lixo no Brasil, das quais mais de 70% tem como destino aterros sanitários. A maior parte dos 30% de resíduos restante também não é destinada de forma correta, sendo descartada em terrenos abertos e até mesmo  córregos, rios e áreas florestais próximas de centros urbanos.

Agnaldo Barros de Lima é jornalista/ambientalista