Manguezal em
Caxias: chorume, lixo e querosene, mas peixe, nada.
A degradação
ambiental está acabando com os manguezais em Duque de Caxias e colocando em
risco a pesca em seus arredores. Um exemplo nítido desta afirmação é em relação
a penúria que passa a Colônia de
Pescadores do Porto da Chacrinha, que fica às margens da Washington Luiz
BR-040. Há anos as empresas próximas à Baia de Guanabara despejam em suas águas
toneladas de detritos que estão dizimando a pesca e poluindo toda a região de
manguezal.
Pescadores do local depois de denunciarem o
descaso aos órgãos competentes estão processando as empresas causadoras do
problema. “Já tentamos de tudo, mas ninguém nos ajuda. É um descaso descomunal.
Agora vamos à justiça, pois há anos estamos sofrendo com tudo isso”, declara o
presidente da Colônia de Pesca de Duque de Caxias, Gilciney do Caranguejo. Na
verdade o caso e notório e já foi levado ao Ministério Público, Alerj e a
Secretaria do Meio Ambiente Municipal, mas nada foi feito.
Segundo
informações dos próprios pescadores, teve até multa anistiada em favor de
empresas poluentes do local. A colônia
agora dispõe de uma assessoria jurídica para dar andamento aos processos que já
foram encaminhados à justiça. O problema é tão sério que alguns pescadores estão
pensando em mudar de profissão, outros foram embora porque já não conseguiam
mais viver da pesca que a cada dia diminui.
O aterro
sanitário do Jardim Gramacho foi fechado em fevereiro de 2011, mas até hoje
continua poluindo a Baia de Guanabara e toda área adjacente, porque dia e noite
o chorume continua a escorrer a céu aberto.
No último
dia 22 de abril foi realizada uma reunião na associação com advogados,
ambientalistas, imprensa local e até uma TV francesa para que fossem firmadas
decisões que direcionarão os procedimentos
que a colônia tomará de agora em diante para que as denúncias possam
surtir efeitos perante ao Poder Público e para que a população de Duque de
Caxias tenha ciência desta destruição da fauna e da flora do local. É bom frisar que a pesca na Baia de
Guanabara é que abastece grande parte das peixarias dos municípios fluminense e
Ceasa.
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